Anos 1 a 4

Estarei esperando

16:33

Quanto tempo faz? Não importa mais. Eu continuarei aqui, como sempre estive. Vou esperar até que você esteja pronto pra vir andar ao meu lado. Ou talvez eu também não esteja pronta. Não. Acredito que eu esteja. Nunca nos sentimos totalmente preparados, não é? Mas tudo bem. Pense direito, faça tudo que tem que fazer antes. Eu espero. Espero porque irá valer a pena.
Sairemos por aí de mãos dadas. Sorrindo pro sol ou debaixo de chuva. Você irá me levar pra um lugar legal, com algumas luzes cor de velas, onde poderemos dançar até estarmos totalmente exaustos. Por último iremos dançar aquela música que nos lembra tudo que tivemos até ali. E vamos pra casa como se não existissem mais problemas. Eles ainda vão existir mas os enfrentaremos se ficarmos juntos. E nós estaremos. Ou talvez não aconteça nada disso. Talvez você me surpreenda, me leve a algum lugar que eu não esperava onde faremos um programa bem legal, talvez mais divertido do que o que eu imaginava.
Estaremos sentados em algum lugar observando o horizonte. Quando eu me der conta você vai estar olhando pra mim e eu vou sorrir do jeito mais envergonhado e ridículo que você já viu. Sim, eu sou boba de vez quando, você vai ver.
Talvez não observemos horizontes, talvez observemos carros pela janela do ônibus. Não importa. Estaremos juntos e isso vai ser suficiente. Sim, porque o que vai bastar pra nos manter unidos é o fato de eu gostar de estar com você e você gostar de estar comigo. Sim. É suficiente.
E é por isso que eu estou aqui. Te esperando. Esperando pelo dia em que você vai me procurar e pedir "vem comigo".
Mas tenho apenas dois pedidos: aceita os meus defeitos, que são muitos, eu sei, mas vou fazer de tudo para consertá-los; e não demora muito, não. Preciso de você.

Anos 1 a 4

Bruna Vieira: Amar não é só sentir

10:16

Nos dias de hoje, não tenha dúvidas, atitude é tudo. Essa de que se for pra acontecer, vai acontecer, já era. Minha vó dizia isso. Mas sinceramente, sabe o que eu penso? Se for pra acontecer, vai lá, faz acontecer. Corre contra o tempo, contra o vento, mas tenta. Seja cuidadosa, mas se der errado, tudo bem. Vai por mim, um passado cheio de tentativas ainda é melhor do que um passado cheio de pendências. É a vida.
Sentir é fácil demais. Qualquer um pode. Amar é que precisa de disposição, dedicação e aceitação. Todo santo dia. Sentir todo mundo sente. Já o amor, esse é só pra quem é corajoso e não tem medo do que pode acontecer depois. Para aquelas pessoas que realmente vivem de dentro pra fora e não dão a mímina para o que vão pensar ou dizer. Entende? É um risco que quando gente corre, tudo acontece. Até ser feliz.
Essa tal felicidade acontece em um lugarzinho onde pouquíssimas pessoas conseguem alcançar. Lá, como a gente dizia na primeira série, bem no fundo do nosso coração. Essa realização tem um pouquinho a ver com encontrar ou ser alguém que faça aquelas coisas complicadas fazerem um pouquinho mais de sentido ou sei lá, não importarem tanto quanto antes. De ser quando se está por perto, aquela pessoa que a gente só consegue ser quando tá todo muito longe.
Existe sempre aquele cara que consegue te entender sem esforço, sem reforço. Aquele que sem grandes presentes ou promessas, toda noite antes dormir, te faz pensar em cada (talvez possível) momento feliz. É raro. Às vezes caro. Mas do que vale todo o tempo e sucesso do mundo se a única pessoa que você gostaria de compartilhar esse sentimento nem se importa mais? Apenda a valorizar pessoas especiais. Principalmente aquelas que fazem você se sentir especial. Enquanto isso continuar acontecendo aí dentro, ainda não será tarde demais.
O recado de hoje é esse. Chega logo dessa coisa de deixar pra depois. As borboletas vão entrar em extinção se a gente continuar cultivando jardins artificiais. Aprendi bem cedo na escola que as flores de verdade estragam com o tempo e as estações mudam quatro vezes por ano. Por que tô dizendo tudo isso? É que não adianta só saber o que quer. Fora dos nossos filmes e séries prediletos, na vida real, se queremos alguma coisa ou alguém, temos mesmo é que correr atrás e fazer. Quando pelo tentamos, deixamos bem claro pro destino o que esperamos que ele faça lá na frente. Ou quem sabe, com um pouquinho de sorte e um cupido bonzinho, agora.
Bruna Vieira

Anos 1 a 4

Confusões em mim

09:36

Não sei mais o que pensar. Não sei mais o que sentir. Não sei mais o que fazer. Eu poderia tentar explicar mas ninguém entenderia. Não existem palavras que possam descrever como me sinto. Não sei se eu mesma sei o que sinto.

Acontece que é um vazio. Um grande vazio preenchido por dúvidas e incertezas. Um lado de mim diz que devo tentar, sei lá, sem pensar em consequências. Outro lado diz que é loucura, completamente loucura. Algo que eu jamais deveria fazer.

Um lado de mim diz que devo acreditar que é possível. Outro lado diz que existe outro lado nessa história. Um lado diz que é necessário colocar pontos finais e essa história ainda não acabou, que eu devo concluí-la, independente do final  que me espera. Outro lado diz que é desespero, atitude impensada, burrice.

É confuso, eu sei. Eu disse que ninguém entenderia.

Anos 1 a 4

Pequenas lembranças

22:48


Hoje parei pra me olhar um pouco. Me olhar por dentro e arrumar algumas coisas. Sim, porque está uma verdadeira bagunça de sentimentos dentro de mim.

Revi histórias boas e ruins. As boas guardei numa caixinha cor-de-rosa. As ruins deixei na cesta de coisas antigas que iam pro lixo.
Achei fotos de pessoas também. As que me fizeram chorar de tristeza e as que me fizeram chorar de felicidade. Guardei na caixa rosa as pessoas que me fizeram muito feliz.

Achei sorrisos e lágrimas. Os sorrisos, claro, caixa rosa. As lágrimas, cesta de coisas que não merecem serem guardadas.

Num cantinho estavam amontoados diversos sentimentos. Nervosismo, amizade, estresse, compaixão, raiva, amor... Todos misturados. Por isso eu estava tão confusa! Separei e guardeio-os em duas caixas diferentes: uma com nervosismo, estresse, raiva e outros, e outra com amizade, compaixão, amor, esperança e outros...  Vou guardar as duas caixas, afinal de contas a vida é composta pelos dois lados.

Abri a janela do pequeno quarto de lembranças. Um lindo sol entrou. Varri e tirei o pó. Peguei um grande mural e coloquei todos os sonhos escritos em pequenos papeizinhos. Acima deles um grande aviso escrito à mão: não esquecer, não deixar de buscar.

Na outra parede, uma estante com diversos livros que descrevem minha vida e as três caixas que arrumei. Na terceira parede, uma escrivaninha com um bloco de papel em branco, lápis, borracha e lápis-de-cor.

Tudo está em ordem. Sinto que as coisas podem continuar agora. Resolvo sair do pequeno quarto interior e levo a cesta pra jogar fora. Deixo a porta entreaberta com um aviso na frente: entre, preciso de alguém pra escrever comigo...

Anos 1 a 4

Amor inventado

09:28

Até onde realmente amamos alguém ou inventamos amor? Já disse Iolanda Valentim: "preciso precisar de você porque tenho medo de não precisar de nada".

Na maioria das vezes é assim. Tem gente que simplesmente não sabe viver sem pensar em ter um amor. Em acordar pra ver determinada pessoa. Que muitas vezes desconhece sua existência.

Eu sou um pouco assim. Ou me tornei um pouco assim com o passar do tempo. Invento amor aqui e ali. Quem sabe dá certo, não é? Disse pra mim mesma que pararia de fazer isso. Mas dói pensar que não tenho ninguém pra esperar um sms de bom dia. Dói saber que não tem ninguém querendo saber o que fiz hoje. Dói saber que não tem ninguém me esperando chegar pra simplesmente me ver sorrir. Dói.

Mas se é assim, tenho que aceitar. Prometo que vou tentar. Mas também tenho medo de que isso me deixe mais fria. Amo ser do jeito que sou, meio exagerada até. Cheia de dramas. Não quero receber uma mensagem de um amigo um dia qualquer me desejando bom dia e pensar que não vale a pena responder. Não quero que seja assim.

Mas não vou imaginar mais o sentimento dos outros. Quem quiser chegar até mim e falar, que venha. Quem quiser um ombro, que venha. Quem quiser abraços, que venha. Ando tão precisada quanto você.

Anos 1 a 4

Onde está você?

10:19


Acordei hoje ouvindo diversas músicas. Na internet encontrei um trecho de "Me encontra" de Charlie Brown Jr. Não sou de ouvir Charlie Brown, nada contra ele, simplesmente nunca tinha parado pra ouvir. Mesmo assim fui ver a letra da música completa. Achei bastante interessante. Gosto do ritmo pop rock e a letra descreve uma situação que todo mundo passa. Mesmo que apenas uma vez. Inclusive eu.

Quem nunca procurou um amor em algum cantinho pra ver se ele estava escondido? Quem nunca quis alguém pra sorrir e chorar? A música traz dois opostos, sair pra procurar o amor ou deixá-lo te encontrar. Eu acredito que é um pouco de cada. Você tem que observar ao seu redor. Às vezes ele passa por você e você nem percebe. Às vezes ele vem e você não faz nada para fazer com que ele permaneça. E às vezes, se você tivesse buscado teria encontrado.

"Hoje eu vou sair pra encontrar o amor"... Ou pra ser achada por ele.

Anos 1 a 4

O que eu escrevo?

11:09

"O que eu vou escrever já deve estar na certa de algum modo escrito em mim."
Clarisse Lispector

Ando lendo Clarisse, Caio e Clarissa. Isso me fez questionar sobre o que escrevo. Clarissa diz que escreve como se a vida fosse entender os recados dela. Clarisse diz que não é fácil escrever. "É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados." Quanto a Caio, ele diz que gosta muito de seu mundinho, cheio de surpresas.
Acho que é isso. Como também disse Clarisse, "só escrevo o que quero, não sou um profissional". Escrevo não minha autobiografia, que fique claro, essas histórias são inventadas e mesmo assim reais como tantas outras. Não é minha autobiografia, como disse Llosa, as histórias precisam ter um ponto de partida que está ligado às experiências de quem a escreve. Dessa forma, o que escrevo é meu mundinho particular que gosto tanto quanto Caio gosta do dele. O que escrevo me surpreende. O que escrevo é também, algumas vezes, algo que sonhei ou ainda sonho pra mim. Quem sabe a vida me faz protagonista de alguma dessas histórias?
Escrever não é fácil. Principalmente se você ficar pensando o que vão achar do seu último texto ou daquele outro um tanto piegas, ou daquele sem graça. Por isso escrevo porque escrevo. "Tão pouco sou" pra querer perfeição. Escrevo porque tenho vontade. Porque me foi ensinado que escrever e ler é tornar-nos melhor. É por isso que escrevo. Sem mais.

Anos 1 a 4

Um alguém chamado você

19:10

Lembro de quando te conheci. Na realidade, de quando te vi pela primeira vez. Não te notei e você passou por mim como qualquer outra pessoa. E eu passei por você como qualquer pessoa também.
Seríamos apenas dois alguém que se cruzaram enquanto corriam agitados para resolver suas vidas. Mas a vida se encarregou de nos encontrar de novo. Dessa vez nos apresentamos e conversamos bastante. E nos encontramos diversas outras vezes.
Quando nos cruzamos pela primeira vez não imaginava que um dia iria falar com você. Também não imaginava que você fosse tão bacana. Eu estava num momento bastante chato da vida que me impedia de ver esse seu lado amigo. Conversamos muitas vezes depois, o que fez com que nos conhecêssemos bastante. Ficamos horas trocando conversa sobre nossas vidas.
Seu jeito especial fez com que eu lembrasse de você algumas vezes. E foi aí que você ganhou alguns de meus versos. Dividiu lugar com meus desabafos, tristezas e alegrias.
Chegaram momentos em que fiquei bastante triste e você estava lá pra me consolar. Fez isso tão bem.
E agora me pego escrevendo sobre você. Dessa vez não versos, mas um texto inteirinho.
Se alguém ler isso vai acreditar que estamos juntos ou algo assim. Mas não estamos. Estamos numa importante relação de amizade que me faz bastante feliz. Não quero pensar onde isso vai nos levar ou o que pode acontecer entre a gente. Não quero pensar nem forçar nada. Está tão bem assim. Vamos deixar que o tempo se encarregue do nosso futuro.

Anos 1 a 4

O que transpareço ser e o que realmente sou

17:23

Andei pensando sobre a impressão que passo para as pessoas. É que não sou do tipo que diz que não dá a mínima pra opinião alheia. Isso porque eu preciso desses alheios que dão opinião. Não posso viver sozinha nesse mundo. É gente demais indo pra lá, pra cá e eu preciso me segurar em algumas dessas pessoas se quiser ser feliz.

Anos 1 a 4

Martha Medeiros: O tamanho de uma pessoa

10:51

Como se mede uma pessoa?
Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.

Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada.

É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, e sim de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma...

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho...

Seja sensível... ame e compreenda o outro e fortaleça os laços de amizade!

Martha Medeiros

Anos 1 a 4

Crises de Sensibilidade

10:29

Existem momentos em que me sinto bastante carente. Chamo esses momentos de crises de sensibilidade. Ao mesmo tempo em que estou cercada de pessoas que amo muito, sinto que falta algo. Não estou falando de namorado, noivo ou marido. Na verdade não sei ao certo o que é ou como chamar. Eu sei que me encontro nesse estado de vez em quando. Fico ali calada, presa em mim com meus pensamentos. Acho que nessas horas produzo algo que preste. Ou talvez não.
O fato é que parece que estou triste. Meus amigos perguntam o que está acontecendo ou o que aconteceu, afinal de contas é estranho ver alguém tão falante como eu ficar calada de uma hora pra outra.
Vou tranquilizar vocês. Não estou em depressão. Não estou desesperada. Talvez seja só TPM. Talvez estresse acumulado. Ou simplesmente estou calada porque me faltaram palavras.

Anos 1 a 4

Eu acredito

10:05

Eu acredito que somos um acumulado de lembranças e experiências. Somos resultado daquilo que aprendemos ao longo da vida.

Anos 1 a 4

Introdução de um livro inacabado

10:02


Caminhar. Era tudo que ela precisava. Caminhar sem direção, sem sentido. Quando caminhava desse jeito, tudo podia sentir. Tanto externa, quanto internamente. Podia sentir o cheiro do ar, o vento tocar todos os pontos de sua pele. Podia sentir seus músculos se moverem e perceber que eles existiam.
          Tais momentos eram raros. Estava sempre em meio a muito barulho, percebendo tudo e todos, se esquecendo de si. Caminhando sozinha em meio às árvores se percebia. Sentia-se viva, dona de si e de seus passos. Poderia parar agora, depois de um pouco de prazer, e voltar para a pilha de afazeres que lhe esperava. Mas não. Parou, balançou a cabeça e pôs-se a correr.
          O vento corria contra ela e tudo se tornava mais mágico. Nada podia pará-la. Nada? Não, nada. Agora sentia seus músculos mais intensamente. Em especial o coração. Batia desesperadamente tentando transmitir o oxigênio que começava a lhe faltar, fazendo com que ela abrisse a boca como se estivesse a engolir grandes porções de vento.
          As pernas continuavam, ágeis. O coração trabalhando. A boca aberta. Uma lágrima surgiu em sua face. A boca aberta. Iria gritar? Outra lágrima. Precisava gritar. Mais lágrimas. Não gritou. Ajoelhou-se ali mesmo. Muitas lágrimas agora.

Anos 1 a 4

Histórias Perdidas

23:30


"O que poderia ter acontecido?" Essa é uma frase que permeia os pensamentos quando algo que tinha tudo ou algo pra dar certo chega ao fim.
Imaginar essas histórias não concebidas machuca...

Anos 1 a 4

Post de abertura: Fim da censura?

08:00

 "É livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação,
 independentemente de censura ou licença."
Constituição de 1988

03 de agosto, extinção (ou não) da censura no Brasil


Acompanhe no Instagram

Acompanhe no Facebook

A partir do dia 03/08/2013, as fotos são de autoria do autor do post, quando não indicado o contrário.
Antes dessa data, as fotos utilizadas aqui no blog foram encontradas na internet, quando não indicado o contrário. Se você é ou conhece o autor, informe nos comentários e colocarei os devidos créditos :)