Andei pensando sobre a impressão que passo para as pessoas. É que não sou do tipo que diz que não dá a mínima pra opinião alheia. Isso porque eu preciso desses alheios que dão opinião. Não posso viver sozinha nesse mundo. É gente demais indo pra lá, pra cá e eu preciso me segurar em algumas dessas pessoas se quiser ser feliz.

De qualquer jeito acho que sou um pouco complicada de entender. Sou chata, muito chata mesmo, quando não tô sendo legal. Não que eu queira agir assim ou que eu não goste de você. Sou eu. Sou irônica quando não quero ser. Acordo de mau humor de vez em quando.
Sei que desse jeito posso machucar as pessoas mais importantes pra mim e juro que me esforço pra tentar mudar. Mas faço um pedido também: quando eu acordar de mau humor, por favor me deixe quietinha no meu canto, reclamando comigo mesma até passar. Porque passa, tenha certeza. É que sou muito mais feliz que rabugenta.
Também andei pensando na impressão que passo para as pessoas antes de me conhecerem. É fato que muitas pessoas dizem, quando já são suficientemente amigas pra dizer, que achavam isso e aquilo de mim e depois viram que não é verdade. Deixa eu tentar explicar essa. Me faço de durona, cheia de mim e devo parecer metida por isso. Mas não sou não gente, juro! Se aproxima de mim pra ver. Como minhas amigas dizem, durona por fora, dramática por dentro. Sou uma maria-mole. Do tipo que chora com todos os filmes românticos que assiste, por mais bobos que possam parecer. Do tipo que fica uma hora chorando depois de ler o fim daquele livro impressionante. Do tipo que declara da forma que sabe o amor pela família e pelos amigos sempre que pode.
Essa sou eu tentando me descrever. Talvez as pessoas me vejam diferente disso tudo que falei. É a minha impressão sobre mim mesma.