Tenho pensado em você ultimamente e fiz um trato comigo mesma que pararia de pensar com tanta frequência. Acredite, funcionou. Faz tempos em que não pensava em você, estava e ainda estou ocupando minha mente com outras coisas pra te tirar um pouco do pensamento. Não sinta ciúmes por isso. É necessário. E seu lugar ainda está bem guardado, na mente e no coração. Tão bem guardado que não entro lá há algum tempo.

Ando feliz da vida, sabe? Acho que eu só precisava de férias mesmo. Eu estava cansada demais. Mas agora sou só sorrisos. Não consigo me irritar com mais nada. Tá, às vezes, é demais, né? Não tem quem aguente. Mas a maior parte do tempo é feliz demais. Em excesso. Um excesso tranquilo, já que nada demais é bom também.

A felicidade sempre morou em mim. Por mais que algumas vezes parecesse que ela escapava e sumia. Não, ela ainda estava lá. Guardadinha, calada, pronta pra explodir. Tão bom saber que ela está sempre comigo! O tempo inteiro, inteirinho. A felicidade sempre morou em mim e não está de mudanças. E ela me aproxima de mim mesma. Estamos super amigas, nos descobrindo a cada dia. Só rio; sorrio.

Sinopse: Charlie (Logan Lerman) é transferido para uma nova escola e nesta nova escola tem muita dificuldades de interagir com os novos colegas. Com os nervos à flor da pele, ele se sente deslocado no ambiente. Seu professor de literatura, no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar pouco de si, até o dia em que dois amigos, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), passam a andar com ele.

Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra.

Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés daquelas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.). E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você - seria, seriam? Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de frutas em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. Digo eu também, mas não sei o que falamos em seguida porque ficamos meio encabulados, a gente tem muito pudor de parecer ridículos melosos piegas bregas românticos pueris banais. Mas no que eu penso, penso também que somos meio tudo isso, não tem jeito, é tudo que vamos dizendo, quando falamos no meu pensamento, é frágil como a voz de Olívia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmush que Win Wenders, mais Cecília Meireles que Nelson Rodrigues.

Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tolo, meio melodramático, e penso então tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos, no umbigo do universo. Você toca minha mão, eu toco na sua.

Demora tanto que só depois de passarem três mil dias consigo olhar bem dentro dos seus olhos e é então feito mergulhar numas águas verdes tão cristalinas que têm algas na superfície ressaltadas contra a areia branca do fundo. Aqualouco, encontro pérolas. Sei que é meio idiota, mas gosto de pensar desse jeito, e se estou em pé no ônibus solto um pouco as mãos daquela barra de ferro para meu corpo balançar como se estivesse a bordo de um navio ou de você. Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vezemquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack! como se fosse verdade, um beijo.

O autor: Caio Fernando Abreu nasceu no dia 12 de setembro de 1948, em Porto Alegre. Foi jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro. Faleceu no dia 25 de fevereiro de 1996.

Feriadão se aproximando, malas prontas pra viagem, descansar um pouco e me desconectar do mundo da internet, rsrs. Mas claro que não podia deixar o ESV sem nenhum post novinho em folha, né? Deixei alguns posts agendados:

"Sessão de Cinema: As Vantagens de Ser Invisível"
"Desencontros: "A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida""
"A felicidade mora em mim"
"Caio Fernando Abreu: Carta Anônima"
"Perto de você"

Continuem acompanhando o blog e não esqueçam: semana que vem tem o primeiro texto do Ortografar!

Beijos e até a volta!

"A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida". Vinicius de Moraes 

Tem gente que acredita em alma gêmea, em destino, tudo além do nosso controle. Eu prefiro acreditar que existem diversos caminhos prontos que serão resultados das escolhas que fizermos. Uma levando a outra, e a outra...

Alheio a tudo isso, existem milhões, bilhões, sei lá, de pessoas buscando outras pessoas no mundo. Por que essas pessoas simplesmente não se encontram? Já que são tantas não deveria ser difícil achar, não é? Não deveria. É que esses "encontros" não são simples encontros. É preciso algo mais.

É preciso mais que querer ou buscar, ou permitir, ou tentar. É preciso ser forte o suficiente pra ser duradouro o suficiente pra que seja feliz, leve e bom. Talvez só eu ache isso. Talvez só eu ache que é preciso intensidade, mínima que seja. Pode ser feliz mas não me tocar o coração. E se não me toca o coração, eu não quero.

São apenas encontros que aconteceram e não foram fortes o suficientes. São apenas encontros que não foram encontros de verdade. São apenas encontros que não aconteceram. Ainda.

Hoje, dia 27 de março, são comemorados o Dia Internacional do Teatro e o Dia Nacional do Circo. Resolvi fazer esse post pra lembrar e contar um pouco da história de ambos, pelo menos a história que dizem por aí.

A história do surgimento do circo é incerta. Há bastante tempo as pessoas possuíam práticas circenses. Eram corridas de carruagens, lutas de gladiadores, animais selvagens, dentre outras coisas que foram evoluindo e crescendo com o passar do tempo. Quanto ao Dia Nacional do Circo, diz-se que foi em homenagem ao palhaço Piolim, Abelardo Pinto, que comandou o circo Piolim por mais de trinta anos. Ele praticamente nasceu no circo e aprendeu a tocar violino, fazer contorcionismos e acrobacias. A data foi instituída em razão de seu nascimento. Piolim foi homenageado pelos intelectuais da semana de arte moderna como o maior artista popular brasileiro.
Existem várias teorias sobre a origem do teatro. As principais remontam a Grécia Antiga, em festivais e comemorações, onde apenas homens interpretavam, utilizando máscaras para representar papéis femininos. O Dia Internacional do Teatro diz-se ter sido criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro.

Ah, os amigos! Sorte de quem os tem, por perto, por longe. Longe dos olhos mas perto do coração. Por que tanto já foi escrito sobre a amizade? Simples! Simples não. Ela é complexa demais, pelo menos, às vezes. A amizade é simplesmente complexa. Ou seria, complexamente simples? Vai saber.

A verdade é que eu sempre soube que precisava de amigos. Não que precisava, no sentido de não ter. Precisava, no sentido de necessitar deles todos os dias. Sou do tipo que ama, a-m-a, super-ama estar cercada de gente! De gente que me quer bem, de gente que se importa se não estou bem, de gente que ama, que batalha junto, que sorri junto, chora junto, comemora junto! Porque não ter com quem dividir a alegria, é não tê-la! Porque estar triste e não ter ninguém pra se importar, é mais triste ainda!

E é por essas e outras que tanto já foi escrito sobre a amizade. É por essas e outras que eu mesma escrevo aqui, agora, sobre a amizade. Brevemente, eu sei. Só queria falar isso.

Incorrespondência é quando você gosta daquele alguém mas ele só te vê como amiga. É quando aquele alguém gosta de você mas você não vê possibilidade alguma de acontecer algo entre vocês. Acontece. Faz parte da vida. E isso não quer dizer que é aceitável.

"Por que?" Essa é a pergunta que pessoas nessa situação sempre se fazem. O que sempre passa pela cabeça é por que as coisas não poderiam ser mais simples. Você acredita que seria mais simples se ambos se gostassem da mesma forma e vivessem uma linda história de amor. Calma! O que você sabe sobre simplicidade? As coisas não funcionam assim; mas também não sei dizer como funcionam.

O fato é que, às vezes, pelo menos, o que passa por nossas cabeças é aquele velho e batido clichê: "não é pra ser"! Não é pra ser porque não é, e pronto! É apenas uma forma que encontramos pra mentirmos pra nós mesmas até acreditarmos e se tornar verdade. Acontece que entre o dia em que falamos que não é pra ser e o dia em que realmente acreditamos que não era pra ser, muita coisa acontece, muita lágrima corre. Isso porque não acreditamos que realmente vá passar, às vezes pode até ser desesperador. Mas calma! Por mais que pareça difícil agora, e realmente seja, passa. Vai por mim, passa. E antes que você conte os dias, vai estar sorrindo pra'quele cara ali. Não tá vendo? Aquele ali, olhando pra você.

Tô lendo "Dom Casmurro" (eu sei, eu sei, já devia ter lido) e tô assistindo a minissérie "Capitu" \o/ Maratona Machado de Assis, haha. Faz tempo que tinha visto aqui essa ilustração. Ela mostra como seria o Facebook do personagem principal do livro. Uma graça, né?

Gosta de escrever? Tem projeto novo no Entre Sujeitos e Verbos! Todo dia 5 de cada mês, 5 blogueiros(as) (4+eu) escrevem um texto baseado num tema que será postado aqui no blog. Para escolher os blogs que irão participar, vou usar o fomulário abaixo. Dia 27/03, anuncio aqui os escolhidos. Boa sorte!
Para participar basta preencher o fomulário abaixo:

Sinopse: Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e sonhou ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que fez com que fosse muito bem remunerado, mas que também lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.

"Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível..

Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre... E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.

Hey pessoas! Como estão? Espero que bem.

Sei que ando um pouco sumida e o Entre Sujeitos e Verbos meio abandonado não atualizado. É que eu estava superhipermega um pouco ocupada. Maaas, agora estou de férias \o/ e com isso algumas novidades vão aparecer aqui.

A primeira, e bastante óbvia, é o layout novo! Quem gostou? Eu estava cansada daquele outro e resolvi fazer esse aqui que, por enquanto, tô amando!

Algumas das outras novidades eu vou citar aqui e vou explicando mais pra frente.

Tô planejando, além de manter meus textinhos que amo escrever, claro, postar mais textos de outros autores. E isso inclui vocês, leitores do Entre Sujeitos e Verbos! Existe bastante gente que escreve e quer divulgar seu trabalho e é pensando nessa gente que vou abrir espaço pra que seus textos apareçam aqui no blog. Acompanhem o ESV pra saber quando e como participar!

Além de continuar com as resenhas de livros, que comecei com Noites de Tormenta, quero resenhar filmes também.

Essas são algumas das mudanças que planejei enquanto estive fora pra melhorar a estadia de vocês por aqui. Continuem acompanhando e participando pra conferir mais novidades.

Beijos.