Perigo: inflamável! Um breve relato sobre as manifestações no Brasil

08:00

Foto: reprodução/O Globo
* Esse post foi escrito antes das manifestações anti-copa que ocorreram no dia 22/02 *

Não quero ser hipócrita. Vou logo avisando que não faço o tipo revolucionista. Lembro de apenas uma vez, ainda pequena, ter participado de uma passeata e nunca mais. Mas devo dizer que as manifestações que ocorreram no Brasil no ano passado, e só agora venho falar delas não sei porque, mostraram que uma parcela da população sabe o peso que a força popular representa.

(pra quem não acompanhou ou quer relembrar mais ou menos o que aconteceu, as reivindicações, alguns resultados, sugiro a linha do tempo elaborada pelo G1)

Não quero falar aqui sobre como as pessoas queriam redução das passagens de ônibus ou melhorias no transporte público ou protestar contra os gastos com a Copa do Mundo. A mídia fez o papel de mostrar isso. Apesar de que houveram muitos momentos em que os espectadores não sabiam do que se tratavam os protestos e nem mesmo os manifestantes pareciam saber o que buscavam.

Isso se deve, talvez, ao fato de que muita coisa no nosso país desagrada a nós, brasileiros, e portanto não sabemos por onde começar a reclamar. Muitas reclamações, poucas ações. E não falo apenas dos nossos governantes, que são escolhidos por nós mesmos. Mas de todos nós, que não somos capazes de pequenas ou grandes ações, mesmo quando essas poderiam ser feitas por nós.

Os que reclamam, diferente daqueles que parecem viver alheios a qualquer situação no país, nem sempre estão mais empenhados em efetivar mudanças. As reclamações existem, mas ninguém sabe ao certo por onde começar ou quais seriam as melhores soluções. Pra quem não sabe, além dos famosos abaixo-assinados e aparições na mídia como um todo, existem ainda desde as associações de condomínio ou bairro até os Projetos de Lei de Iniciativa Popular.

Mas parece que os ânimos se aquietaram no país do futebol. Uma brasa foi acesa, houve o risco de incêndio, mas esse nem sequer incendiou o coração de toda a população.

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