Ela; minha mãe

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Foto do projeto Mother + Daughter

Se tem uma mulher que merece ganhar algumas palavras minhas é ela. Ela já ganhou muitas e foi uma das primeiras pessoas a ler as primeiras coisas que escrevi. Aquelas coisas sem vocabulário extenso, bem simples, quando não se sabe sequer o que é verbo ou sujeito.

Ela me ensinou a andar, a falar, a ler, a cozinhar, a pegar o ônibus, a amar, a sonhar, a buscar, e tantos milhões de outras coisas. Ela me deu a mão quando fui ao dentista pela primeira vez. Estava lá quando precisei, quando me formei, quando passei de ano, quando realizei sonhos, quando tive medo. Me fez cafuné e ficou comigo até que eu pegasse no sono quando tive pesadelos. Cantou canções de ninar e contou até mil quando pedi. Apesar que dormi antes de ouvir ela contar todos os números.

Ela me deu broncas, me colocou de castigo e me ensinou que nem tudo é como a gente queria que fosse. Ela me ensinou que não podemos nunca, em hipótese alguma, desistir dos nossos sonhos, nem que eles demorem de se realizar. Só não podemos magoar ninguém pelo caminho.

Ela esteve comigo quando tive dúvidas, quando tive certezas e me apoiou em todos o casos. Ela me deu a definição mais simples e sincera de amor que uma criança poderia ouvir: você ama alguém quando pensa muito naquela pessoa, quer muito o bem daquela pessoa, sente falta, quer compartilhar tudo e gosta de estar com aquela pessoa. Ela me ensinou que risos aproximam pessoas. Que beijos transpassam carinho. E abraços tranquilizam e fazem todos os problemas sumir.

Ela traz consigo muitas histórias e muitos sonhos. Ela acorda cedo, trabalha, cuida de muita gente, dorme tarde e consegue fazer isso de segunda a segunda, 24 horas por dia.

Ela. Meu porto seguro. Minha amiga. Minha mãe.

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